A primeira de cinco finais da ginástica artística que envolvem Rebeca Andrade e Simone Biles foi realizada nessa terça-feira (30). Conforme esperado, na disputa por equipes, a norte-americana levou e melhor e ficou com o ouro nos Jogos Olímpicos.
Rebeca Andrade foi a grande estrela do Brasil na conquista de uma inédita medalha olímpica na disputa por equipes. Agora, elas se enfrentam em mais quatro finais individuais na Olimpíada.
Mas o que o desempenho de cada uma delas na final por equipes indica para a as outras decisões? Veja análise de cada prova.
Individual geral
As duas atletas tiveram problemas de execução ao longo da apresentação. Mesmo assim, com alguma folga, tiveram a melhor soma nas notas de todos os aparelhos na disputa por equipes.
Simone Biles marcou 58.398, contra 57.966 de Rebeca Andrade. A diferença de menos de quatro décimos é relativamente pequena e mostra certo equilíbrio.
A tendência é que as duas melhores as respectivas notas na final individual geral. A norte-americana ainda é favorita, mas Rebeca mostrou que pode incomodar. A brasileira teve notas melhores nas barras assimétricas e também no salto
Solo
No solo, Simone Biles teve a maior vantagem sobre Rebeca Andrade: 14.666 contra 14.200. Com mais de quatro décimos de vantagem sobre a brasileira, a norte-americana mostra que será praticamente imbatível na final do aparelho.
Se não tiver grande erro, como uma queda, Biles deve garantir o ouro na prova
Salto
Aqui está a maior incógnita na disputa entre as duas para os Jogos Olímpicos de Paris. Na final por equipes, cada atleta apresenta apenas um salto. Na final individual, é feita a média após duas apresentações.
Aí entra a estratégia que será adotada por cada atleta. Certamente, Biles apresentará saltos com nível de dificuldade maior e levará o ouro se cravar as execuções.
Para diminuir a diferença nas notas de partida, Rebeca Andrade treinou um novo salto, o “Andrade”, que pode reduzir a disparidade entre as duas.
Ainda não é certo se o novo salto será utilizado pela brasileira, por ser mais arriscado. Deve depender se o foco será o outro ou subir ao pódio.
Na apresentação por equipes, as duas apresentaram salto seguro. Rebeca Andrade recebeu uma nota melhor: 15.100 contra 14.900.
Trave
A trave é o aparelho mais imprevisível e com maior possibilidade de queda na ginástica artística. As duas não estão acima das adversárias como em outras provas, mas são candidatas ao pódio.
Biles recebeu 14.366 na apresentação por equipes, contra 14.133 de Rebeca Andrade. A disputa está aberta, inclusive com outras atletas, para a final.
Durante a apresentação na final por equipes, Rebeca Andrade também superou Simone Biles nas barras assimétricas, mas as duas não se classificaram para a final do aparelho.
Notas de Simone Biles e Rebeca Andrade na final por equipe
Solo
- Rebeca Andrade: 14.200
- Simone Biles: 14.666
Trave
- Rebeca Andrade: 14.133
- Simone Biles: 14.366
Salto
- Rebeca Andrade: 15.100
- Simone Biles: 14.900
Barras Assimétricas
- Rebeca Andrade: 14.533
- Simone Biles: 14.400
Geral
- Rebeca Andrade: 57.966
- Simone Biles: 58.398
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