O discreto atirador olímpico Yusuf Dikeç, da Turquia, viralizou por sua postura indiferente durante o evento misto de pistola de ar na semana passada. Enquanto seus oponentes entravam na competição usando equipamentos especializados, Dikeç ajudou a Turquia a ganhar sua primeira medalha olímpica em tiro com o que pareciam ser seus óculos de uso diário e uma das mãos no bolso.
Agora, parece que a “aura insana” de Dikeç inspirou uma nova celebração que se espalhou pela Olimpíada de Paris. O principal entre os atletas a adotar a nova mania é Mondo Duplantis.
A estrela sueca, um dos maiores atletas de sua geração, quebrou o recorde mundial e ganhou mais um ouro olímpico no salto com vara na segunda-feira (5). Com o mundo assistindo suas comemorações, Duplantis pareceu imitar a postura fria de Dikeç — mão em um bolso improvisado e um braço estendido segurando uma arma imaginária.
“Parabéns Duplantis”, escreveu Dikeç no X, anteriormente conhecido como Twitter, ao lado de uma foto da celebração de Duplantis.
“Meu amigo”, respondeu o saltador com vara nesta sexta-feira (9).
Duplantis não é o único atleta a prestar homenagem ao visual descontraído de Dikeç. O lançador de disco jamaicano Rojé Stona fez a mesma comemoração após ganhar o ouro na quarta-feira (7), enquanto a australiana Nina Kennedy se inspirou e fez o mesmo após ganhar o título feminino do salto com vara.
A comemoração também foi vista novamente no final da maratona de natação masculina de 10 km nesta sexta-feira.
Dikeç compartilhou imagens de atletas copiando sua postura em suas redes sociais, o que atraiu muito mais seguidores desde que ele competiu em Paris.
Para o atirador turco, porém, sua postura não é nenhuma novidade. É algo que ele disse que lhe traz conforto ao competir.
“Atirar com a mão no bolso não tem nada a ver com arte. Estou mais motivado e me sinto mais confortável ao atirar”, disse ele à estação de rádio turca Radyo Gol na semana passada.
Ele acrescentou que a postura “é, na verdade, sobre trazer o corpo ao equilíbrio, foco e concentração”.
(Amy Woodyatt, Patrick Sung e Gul Tuysuz, da CNN, contribuíram com a reportagem)
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