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Dólar sobe e se aproxima de R$ 5,65 mesmo após leilão do BC; Ibovespa cai

O dólar à vista subia frente ao real nesta segunda-feira (02), aproximando-se de R$ 5,65, à medida que investidores continuavam sua busca pela divisa norte-americana mesmo após um leilão extra de contratos de swap cambial realizado pelo Banco Central mais cedo.

Às 11h24, o dólar à vista subia 0,68%, a R$ 5,6485 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha alta de 0,67%, a R$ 5,661 na venda.

No mesmo horário, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, caía 1,06%, a 134.559,54 pontos.

Na sexta-feira (30), o dólar à vista fechou em alta de 0,24%, cotado a R$ 5,6363.

 

 

Nesta manhã, o BC realizou sua terceira operação extra no mercado de câmbio desde sexta-feira — e a quarta desde o início do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva –, vendendo 14.700 contratos de futuro cambial, o que representa US$ 735 milhões.

Na última sessão da semana passada, a instituição entrou no mercado à vista pela manhã, vendendo US$ 1,5 bilhão, com o presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, alegando que a operação buscava lidar com um “fluxo atípico” de dólares.

Mais tarde na sexta-feira, o BC realizou nova operação extra, vendendo 15.300 contratos de swap cambial tradicional (US$ 765 milhões), de um total de 30.000 contratos (US$ 1,5 bilhão) ofertados.

Assim, na prática, a oferta de 14.700 contratos desta segunda-feira representa a segunda tentativa do BC de completar a venda dos 30.000 contratos ofertados originalmente.

No entanto, a operação não conseguiu fornecer força ao real, que, depois de avançar ligeiramente frente ao dólar na abertura, passou a exibir tendência de queda após o leilão extra.

No cenário externo, a moeda norte-americana operava sem uma direção única, uma vez que investidores demonstravam maior cautela antes da divulgação de nova bateria de dados econômicos e acompanhavam negociações mais fracas devido a um feriado que fechou os mercados nos Estados Unidos.

O índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — caía 0,09%, a 101,670. O dólar tinha alta de 0,57% em relação ao iene, a 146,99, enquanto o euro era negociado a US$ 1,107, em alta de 0,21% no dia.

“No âmbito global, as movimentações serão menos exageradas… Entendo que seja um aquecimento para uma semana de muitas emoções”, disse Matheus Spiess, analista da Empiricus Research.

O grande evento da semana será a publicação do relatório de emprego dos EUA na sexta-feira, com expectativa de analistas consultados pela Reuters de criação de 165.000 postos de trabalho fora do setor agrícola, ante 114.000 no mês anterior.

O relatório de emprego de julho, que veio com números bem abaixo do esperado, fomentou temores de uma recessão nos EUA no início de agosto, o que, somado ao aumento de juros pelo Banco do Japão, causou perdas enormes nos mercados globais.

O apetite por risco tem melhorado desde então, com os preços de ativos se recuperando nas últimas semanas. Grande parte das atenções continuam voltadas para a próxima reunião do Federal Reserve, em que se espera o início de um ciclo de afrouxamento monetário.

Operadores veem 69% de chances de uma redução de 25 pontos-base nos juros do Fed, com 31% de probabilidade de um corte de 50 pontos.

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