Durante o debate entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo realizado na noite deste sábado (28), o candidato Pablo Marçal (PRTB) afirmou que está fazendo jejum desde segunda-feira (23).
Ainda segundo o candidato, o jejum será encerrado na próxima segunda (30). “Só na água”, afirmou Marçal, que diz estar “jejuando pelo povo”, como relatou ao chegar na sede da emissora para o debate.
No restante do debate, Marçal também apresentou um tom mais ameno em relação aos confrontos anteriores – embora ainda tenha sido advertido pela mediação e perdido 30 segundos do seu tempo de considerações finais por utilizar um apelido para se referir ao também candidato Guilherme Boulos (PSOL).
Além da provocação, Marçal também fez ataques a Ricardo Nunes (MDB) e citou os supostos desvios de merendas. O candidato do PRTB também protagonizou uma dobradinha com José Luiz Datena (PSDB), quando perguntou ao jornalista, no segundo bloco, quem ele considerava o pior prefeito da história de São Paulo.
“Primeiro lugar: é duro de responder hein? Já tivemos gente muito ruim”, comentou Datena. “O Ricardo pode não ser o pior prefeito, mas ele está ali. Porque está prometendo coisas que não vai cumprir”.
Apesar dos ataques e críticas, o debate foi mais centralizado em torno de propostas – sobre segurança pública, Cracolândia, expansão da Guarda Civil Metropolitana, furto de celulares, além de temas como educação, pobreza e saúde. Os candidatos também debateram sobre indicações partidárias e uso de verba pública em campanhas eleitorais.
Regras mais rígidas amenizaram clima
Antes do início do debate, o mediador Eduardo Ribeiro informou aos candidatos sobre as regras, que foram mais rígidas do que o usual.
Foram proibidos apelidos ou palavrões, em comum acordo com os presentes. Além disso, integrantes das campanhas foram avisados antes do debate que não poderiam usar telefones para gravações ou fotos, sob pena de punição com perda do tempo de fala dos respectivos candidatos.
Todos também foram proibidos de deixar seus lugares atrás do púlpito, e ficou acordado que, a cada infração, os candidatos perderiam 30 segundos do tempo de um minuto e meio reservado para considerações finais. Se algum candidato chegasse a quatro infrações, seria expulso. Marçal foi o único que perdeu tempo.
Os candidatos também foram orientados a não fazer gestos quando não estivessem a palavra, o que rendeu um alerta depois de reações de Boulos a Nunes.
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