As tropas israelenses não enfrentaram resistência do Hezbollah ao invadirem uma vila de fronteira libanesa na noite desta segunda-feira (1), de acordo com uma fonte militar israelense.
A fonte disse que as forças especiais israelenses já haviam conduzido ataques em Kfarkela, na ponta norte da fronteira de Israel com o Líbano, onde descobriram linhas ofensivas do Hezbollah que os militares israelenses acreditavam que poderiam ser usadas para se infiltrar em Israel.
Uma fonte militar israelense não conseguiu explicar por que a força de elite Radwan do Hezbollah não defendeu seus ativos de fronteira, que o exército israelense diz que deveriam ser usados para se infiltrar em território israelense.
O exército israelense acredita que uma operação terrestre maior será capaz de descobrir e desmantelar mais infraestrutura do Hezbollah do que ataques de operações especiais de menor escala — e fazê-lo em um ritmo mais rápido.
Israel: tropas entraram no Líbano “dezenas de vezes”
Israel vem conduzindo ataques transfronteiriços dentro do Líbano desde o início da guerra em outubro passado, disse o porta-voz das Forças de Defesa de Israel, Contra-Almirante Daniel Hagari, nesta terça-feira, depois que as FDI lançaram o que chamou de uma operação terrestre “limitada e localizada” no Líbano.
“No dia anterior, as FDI iniciaram uma operação na área próxima à fronteira. Esta é uma ação adicional ao que já fazemos no Líbano”, disse Hagari em um briefing.
Ele disse que as tropas israelenses vêm realizando ataques há meses em uma tentativa de desmantelar o que descreveu como “as capacidades terroristas e a infraestrutura do Hezbollah que representam uma ameaça às comunidades civis israelenses no norte de Israel”.
“Nossos soldados entraram no Líbano dezenas de vezes. Eles entraram em aldeias. Eles revelaram túneis e coletaram inteligência. Eles destruíram infraestrutura e armas. Eles revelaram e destruíram mais de 700 locais”, disse Hagari.
Ele disse que as FDI encontraram túneis construídos sob casas em aldeias ao longo da fronteira. A CNN não pode verificar essas alegações de forma independente.
Hagari listou várias aldeias no lado libanês da fronteira onde ele disse que o Hezbollah construiu túneis e armazenou armas.
Separadamente, os militares publicaram uma lista de locais onde disse ter encontrado armas.
O Hezbollah rejeitou as alegações de que as forças israelenses entraram no sul do Líbano nesta terça-feira, descrevendo-as como “mentiras”.
Uma fonte ouvida pela CNN afirma que as forças especiais israelenses realizaram mais de 70 missões dentro do Líbano, desde novembro. Durante essas operações, muitas das quais foram missões noturnas, forças de 20 a 30 operadores especiais destruíram milhares de locais do Hezbollah — incluindo túneis e depósitos de armas — e coletaram informações sobre as posições do grupo militante ao longo da fronteira.
As operações duraram centenas de dias dentro do Líbano no total, disse a fonte.
