Equipes da CNN em Beirute ouviram explosões durante a madrugada de quarta-feira (1).
Nuvens de fumaça espessas eram visíveis no céu acima dos subúrbios da capital, mostra uma foto da CNN.
As Forças de Defesa de Israel disseram anteriormente que estão atacando alvos do Hezbollah em vários subúrbios do sul de Beirute e mais detalhes da operação seriam divulgados nas próximas horas.
Israel também pediu aos moradores de vários bairros e edifícios nos subúrbios que deixem suas casas.
As ordens de retirada dos militares israelenses foram postadas nas redes sociais entre a meia-noite e as 3 da manhã, provavelmente quando muitas pessoas estão dormindo.
Estima-se que 1 milhão de pessoas no Líbano foram deslocadas nas últimas semanas, milhares delas estão dormindo em escolas e estacionamentos de Beirute.
Entenda o conflito no Oriente Médio
O ataque do Irã contra Israel acontece em meio à guerra entre o Exército israelense e o Hezbollah, grupo paramilitar libanês apoiado pelo governo iraniano.
A ofensiva ocorre um dia após o Exército de Israel iniciar uma “operação terrestre limitada” no Líbano.
Israel tem lançado uma série de ataques aéreos em regiões no país vizinho. No dia 23 de setembro, o país teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais.
Segundo os militares israelenses, os alvos são integrantes e infraestrutura bélica do Hezbollah, uma das forças paramilitares mais poderosas do Oriente Médio e que é apoiada pelo Irã.
A ofensiva atingiu diversos pontos no Líbano, incluindo a capital do país, Beirute. Milhares de pessoas buscaram refúgio em abrigos e deixaram cidades do sul do país.
O chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah, foi morto em um ataque aéreo israelense em Beirute, conforme confirmado pelo próprio grupo.
Hezbollah e Israel começaram a trocar ataques após o início da guerra na Faixa de Gaza. O grupo libanês é aliado do Hamas, que invadiu o território israelense em 7 de outubro de 2023, matando centenas de pessoas e capturando reféns.
Devido aos bombardeios, milhares de moradores do norte de Israel, onde fica a fronteira com o Líbano, tiveram que ser deslocados. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prometeu diversas vezes fazer com que esses cidadãos retornem para suas casas.
No dia 17 de setembro, Israel adicionou o retorno desses moradores como um objetivo oficial de guerra.
Ao menos dois adolescentes brasileiros morreram nos ataques. O Itamaraty condenou a situação e pediu o fim das hostilidades.
Com o aumento das hostilidades, o governo brasileiro anunciou uma operação para repatriar brasileiros no Líbano.