Presidente do São Paulo, Julio Casares está empolgado com a série de ações planejadas para o centenário do clube, em 2030.
A primeira foi a parceria de seis anos com a Ademicon, patrocinadora do clube, e novidades devem acontecer nos próximos anos.
De acordo com o mandatário, as ações devem incluir novos investimentos para formação de mais jovens em Cotia, local em que fica o centro de treinamento das categorias de base são-paulina. Além disso, a reforma para ampliação e modernização do Morumbis está no radar.
“O São Paulo está se preparando para o futuro. Em breve teremos novidades na base, no estádio. O São Paulo será muito maior do que ele já é. O futuro é formação de jovens, na base. Também com os torcedores. Vamos abrigar outras empresas com contratos até 2030. Quem sabe com o Morumbis modernizado”, disse, nesta quarta-feira (30).
Uma das decisões tomadas pela atual gestão, também pensando a longo prazo, foi a criação do “Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios São Paulo Futebol Clube” (FIDC). O fundo visa contribuir para o reequilíbrio da saúde financeira do clube e a diminuição das dívidas.
A ideia de Casares e sua gestão é que o clube fique saudável financeiramente para, no ano do centenário, estar competitivo e ter times fortes. Com o FIDC, o São Paulo terá sérias limitações de gastos com o futebol nas próximos temporadas.
“Quem sabe com o Morumbis modernizado, com jogadores mundiais e financeiramente estruturado (em 2030). Assumimos o São Paulo com dificuldades, mas não poderíamos ficar omissos. Poderíamos investir tudo em futebol e tentar mais conquistas, mas não podemos fazer isso. Estou falando de futuro”, concluiu o mandatário.
Reestruturação financeira do São Paulo a longo prazo
O clube estará praticamente “proibido” de aumentar as dívidas a partir de 2025. Isso porque foi aprovada a criação do “Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios São Paulo Futebol Clube”, que visa controlar a vida financeira do Tricolor.
A proposta para redução das dívidas prevê uma série de gatilhos no projeto, aprovado com mais de 80% de votos favoráveis no Conselho Deliberativo.
Alguns exemplos destes gatilhos são: teto de gastos para investimento no futebol, obrigatoriedade de superávit anual e redução de despesas com salários na administração do clube. A intenção é assegurar a disciplina financeira para tornar o clube saudável a longo prazo.
Existe uma parceria com duas empresas de investimento (Galapagos Capital e OutField), que participaram da idealização do projeto. Investidores poderão aplicar em cotas do fundo, e recebíveis como verbas de direitos de transmissão, naming rights, patrocínios e outras fontes de renda serão usadas como garantias para os investidores.