As eleições presidenciais dos Estados Unidos surpreenderam pela rapidez na divulgação dos resultados, contrariando as expectativas iniciais de uma apuração prolongada. Segundo o analista sênior de assuntos internacionais Américo Martins, mudanças implementadas pelos estados americanos foram cruciais para acelerar o processo de contagem dos votos.
Martins explica que as autoridades americanas realizaram ajustes no sistema eleitoral com dois objetivos principais: aumentar a segurança do processo e agilizar a apuração. Essas modificações foram motivadas pelos intensos questionamentos ocorridos nas eleições de 2020, quando o então presidente Donald Trump alegou fraudes eleitorais.
Lições do passado e medidas de segurança
O analista ressalta que as controvérsias das eleições anteriores, incluindo a disputa entre George W. Bush e Al Gore em 2000, que foi resolvida na Suprema Corte após semanas de recontagem na Flórida, influenciaram as decisões atuais. “As autoridades americanas, em vários estados, resolveram tomar atitudes para acelerar esse processo e deu resultado. Felizmente deu resultado”, afirma Martins.
A combinação entre as mudanças implementadas e a vitória expressiva de Donald Trump em diversos estados, inclusive nos chamados “estados-pêndulo”, contribuiu para a celeridade na apuração. Martins observa que a margem clara de vitória reduziu as possibilidades de contestação por parte do Partido Democrata.
“Não tivemos ali nenhum espaço para a contestação do Partido Democrata, porque a Kamala Harris se encaminha aí para praticamente perder em todos os estados-pêndulo”, explica o analista, destacando como esse fator facilitou as projeções e a confirmação da vitória de Trump.
A eficácia das novas medidas e a clareza dos resultados demonstram um avanço significativo no processo eleitoral americano, proporcionando maior confiabilidade e rapidez na divulgação dos resultados, aspectos cruciais para a estabilidade democrática do país.