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Se Itamaraty colocou ponto de “barganha“ com China, errou no termo, diz economista ao WW

O professor de economia chinesa do Insper, Roberto Dumas, criticou o possível uso do termo “barganha” pelo Itamaraty nas negociações entre Brasil e China. Durante sua participação no programa WW nesta quinta (7), Dumas alertou que, se confirmado, o uso dessa expressão seria um erro grave.

Segundo o especialista, a ideia de barganha pode ser mal interpretada pelos Estados Unidos, especialmente no contexto de vitória de Donald Trump. “Como é que os Estados Unidos interpretariam você entrar na Rota da Seda e Donald Trump falar que isso daí está sendo uma barganha para minimizar os impactos protecionistas de Trump?”, questionou Dumas.

Impactos nas relações comerciais

O analista destacou que, em um cenário de vitória de Trump, é provável que haja um aumento significativo no protecionismo americano. Dumas prevê que as tarifas de importação possam subir de 10% a 20% para a maioria dos países, chegando a 60% para produtos vindos da China.

Nesse contexto, Dumas ressaltou que o Brasil poderia se beneficiar indiretamente de uma guerra comercial entre EUA e China, especialmente no setor do agronegócio. “De certa maneira, o agronegócio se beneficia dessa briga porque tanto o Brasil como os Estados Unidos exportam produtos do agronegócio”, explicou.

Recomendações para a diplomacia brasileira

O professor enfatizou a importância de uma abordagem diplomática cuidadosa. “Eu vou fazer o melhor acordo de benefício para o Brasil, independente de quem vai ser o presidente dos Estados Unidos”, afirmou, sugerindo que esta deveria ser a postura do Itamaraty.

Dumas concluiu alertando contra qualquer estratégia que possa ser interpretada como uma tentativa de obter privilégios de um lado em detrimento do outro. “Isso não soa nem um pouco bom”, finalizou, ressaltando a necessidade de o Brasil manter uma posição equilibrada e focada em seus próprios interesses nas relações internacionais.

Os textos gerados por inteligência artificial na CNN Brasil são feitos com base nos cortes de vídeos dos jornais de sua programação. Todas as informações são apuradas e checadas por jornalistas. O texto final também passa pela revisão da equipe de jornalismo da CNN. Clique aqui para saber mais.

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