A recente conversa telefônica entre o primeiro-ministro da Alemanha, Olaf Scholz, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, causou desconforto na Ucrânia, conforme avaliou a analista de internacional Fernanda Magnotta durante o CNN 360° desta segunda-feira (18).
Segundo Magnotta, os ucranianos interpretaram a iniciativa de Scholz como uma tentativa de legitimar as ações do exército russo na Ucrânia, em vez de uma tentativa genuína de ajuda.
A ligação, que ocorreu após meses de distanciamento diplomático entre líderes europeus e Putin, quebrou uma barreira de comunicação que havia sido estabelecida.
Enquanto isso, outros líderes europeus mantêm uma postura mais firme. O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, em discurso na cúpula do G20 no Rio de Janeiro, prometeu dobrar a ajuda à Ucrânia e classificou o conflito como “guerra ilegal da Rússia”.
Perspectivas sobre escalada do conflito
Apesar das preocupações sobre uma possível escalada do conflito, especialmente após o anúncio de novos mísseis, fontes militares ucranianas consultadas por Magnotta mostram-se céticas quanto a essa possibilidade.
Um alto militar ucraniano afirmou categoricamente não acreditar em uma escalada, inclusive descartando o risco de um ataque nuclear.
O militar argumentou que os custos políticos para a Rússia em promover um ataque nuclear seriam extremamente altos, e que tal ação resultaria na perda do apoio chinês, um aliado crucial para Moscou no cenário internacional atual.