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12/12/2024 – 19:50
As montadoras divulgaram nesta quinta-feira, 12, as previsões ao desempenho da indústria de veículos no ano que vem, apontando uma tendência de retorno do mercado aos níveis de antes da pandemia. Para a produção, a Anfavea, associação que representa o setor, projeta crescimento de 6,8%, para 2,75 milhões de veículos.
A previsão se sustenta na perspectiva de aumento de 5,6% das compras de veículos no Brasil, o que, se confirmado, levará o mercado para cima de 2,8 milhões de unidades, o maior número desde 2014. Em relação às exportações, a expectativa é de crescimento de 6,2%, para 428 mil veículos. As variações se baseiam nos resultados projetados para 2024. Devem ter, assim, ajustes após o fechamento do ano.
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O presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, disse que o cenário da associação leva em conta a decisão da quarta-feira, 11, do Comitê de Política Monetária (Copom), que elevou os juros em 1 ponto porcentual, para 12,25%, e antecipou que, se não houver surpresas, vai repetir a dose nas duas primeiras reuniões do ano que vem.
“Isso fez a gente mexer muito nas projeções esta madrugada. É uma sinalização muito clara de mais dois aumentos de juros. Então, nós já estamos trabalhando com um cenário de Selic entre 14% e 14,5%”, comentou Leite.
Segundo a Anfavea, o Brasil teria um mercado potencial de 3 milhões de veículos se os juros estivessem no patamar previsto no início de 2024, de 9,25%.
Os prognósticos positivos consideram, por outro lado, a melhora na confiança do consumidor, na esteira do desemprego nas mínimas históricas, a inauguração de fábricas das montadoras chinesas que estão desembarcando no País, e o efeito positivo na oferta de crédito do marco de garantias, algo que pode compensar parte do impacto da alta dos juros de referência.
Leite também ressaltou que as projeções foram traçadas em cima de um ano classificado como histórico. Em 2024, destacou a Anfavea, o Brasil teve o maior crescimento do mercado de veículos desde 2007, o anúncio do maior ciclo de investimentos da história – R$ 180 bilhões, incluindo os planos dos fornecedores de autopeças – e a geração de 100 mil novos empregos.