A agência de investigação de aviação da França ajuda a investigar a queda do voo 2883 da Voepass em Vinhedo, no interior de São Paulo, ocorrida na última sexta-feira (9).
A Agência de Investigação e Análise para Segurança da Aviação Civil (da sigla BEA, em francês), enviou cerca de 10 agentes para participar da investigação da tragédia que deixou 62 vítimas.
O órgão entra na apuração após um convite feito pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). Os agentes europeus estão no local do acidente desde sábado (10).
Neste domingo, os agentes franceses atuam em conjunto com brasileiros e canadenses na remoção dos motores da aeronave. Os equipamentos serão armazenados, temporariamente, nas instalações do Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA IV), órgão subordinado ao Cenia, na capital paulista.
Os franceses foram convidados, pois o avião é fabricado no país europeu. Já o Canadá é o país de origem dos motores.
O avião decolou de Cascavel, no Paraná e tinha como destino o Aeroporto Internacional de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo.
O ATR 72-500, prefixo PS-VPB despencou girando sobre um condomínio de casas em Vinhedo, como mostram imagens de redes sociais, caindo sobre um terreno ao lado de residências.
Dos 62 mortos, 58 eram passageiros e quatro eram tripulantes. Este é o sexto acidente aéreo mais letal da história do Brasil.
A BEA informou à CNN, em nota, que a investigação é liderada pelas autoridades brasileiras, mas a agência participa já que a aeronave foi projetada na França.
O órgão diz que os agentes no local ajudam nas buscas pelas partes do avião que podem ser analisadas pela perícia.
A agência ainda afirma que, até o momento, não há previsão para que as caixas-pretas sejam enviadas à autoridade francesa.
Em janeiro de 2023, uma outra aeronave ATR-72 caiu no Nepal e deixou 69 vítimas. Na ocasião, as caixas-pretas foram enviadas para França por ser o local de fabricação do avião.
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