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Após deportações, Venezuela faz alerta sobre “riscos de viajar para os EUA“

O Ministério das Relações Exteriores da Venezuela emitiu um alerta na segunda-feira (17) sobre “os riscos e condições que seus cidadãos podem enfrentar” nos Estados Unidos.

No texto, eles alertam que têm “observado um aumento nas medidas arbitrárias de controle migratório e nas políticas de assédio contra os venezuelanos”. Eles recomendam que aqueles que residem ou viajam por aquele país tenham extremo cuidado devido à implementação de regulamentações que, segundo eles, podem comprometer sua segurança e bem-estar.

Eles também alegam ter documentado “detenções arbitrárias, deportações sem justificativa, confisco de propriedades e documentos, bem como tratamento discriminatório e humilhante por parte das autoridades dos EUA”.

Em setembro de 2024, o Departamento de Estado dos EUA atualizou seu aviso de viagem aos seus cidadãos sobre os riscos de viajar para a Venezuela, citando um alto risco de detenção injusta de cidadãos americanos na Venezuela. Atualmente, vários cidadãos americanos estão detidos pelas autoridades venezuelanas.

Anteriormente, o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Jorge Rodríguez, sugeriu que o governo venezuelano emitisse uma recomendação pedindo aos venezuelanos que evitassem viajar para os Estados Unidos.

“Nos Estados Unidos da América, não existe um Estado de direito quando se trata dos direitos humanos básicos que nossos migrantes devem ter”, disse Rodríguez durante uma entrevista coletiva.

O presidente do Congresso, que também é o funcionário do governo responsável pelas negociações com Washington sobre questões de imigração, disse que o que está acontecendo com os venezuelanos nos Estados Unidos são sequestros, não detenções ou deportações.

Ele afirmou que eles recorrerão a estratégias legais, contatos com organizações multilaterais e suas relações bilaterais com países aliados, e que estariam dispostos a “falar com o diabo” para garantir que os venezuelanos que foram transferidos para o Centro de Confinamento Terrorista (Cecot), em El Salvador, sejam devolvidos às suas casas com seus direitos humanos totalmente salvaguardados. Em sua opinião, o governo salvadorenho está agindo por interesses econômicos e fez venezuelanos reféns sem respeitar seus direitos humanos.

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