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Debate em Porto Alegre tem alianças e críticas como destaques

Os candidatos a prefeito de Porto Alegre Sebastião Melo (MDB) e Maria do Rosário (PT) destacaram as alianças que conquistaram para o segundo turno no debate realizado nesta quarta-feira (16).

Com Maria do Rosário criticando a atual gestão e Melo, que disputa a reeleição, rebatendo os ataques, os postulantes tiveram confrontos baseados em temas como saúde e transporte.

O encontro foi promovido pela rádio Guaíba, pelo jornal Correio do Povo e pela Associação Médica do Rio Grande do Sul (Amrigs).

Polarização e alianças políticas

Ao longo do debate, embora a polarização nacional — representada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) — não tenha sido protagonista, a ligação de Melo com a família Bolsonaro foi mencionada por Rosário. O atual prefeito, entretanto, não fez referência à figura de Lula.

Os apoios conquistados no segundo turno foram destacados por ambos os lados. Rosário citou sua aliança com a candidata derrotada Juliana Brizola (PDT) em várias ocasiões, enquanto Melo agradeceu ao Novo e ao PSDB, que se somaram aos demais partidos de sua coligação.

Hospital e filas

No debate, também foi destaque o Hospital Materno Infantil Presidente Vargas. O atual prefeito disse haver necessidade de expansão e modernização da instituição, mas mencionou investimentos de mais de R$ 6 milhões durante seu mandato. “Vamos construir um novo hospital em um terreno maior, mantendo a gestão sob responsabilidade da prefeitura e com 100% de atendimento pelo SUS”, prometeu.

Maria do Rosário ressaltou a importância do hospital para a proteção de crianças e adolescentes. “Precisamos valorizar o que temos e garantir a ampliação dos serviços, especialmente para vítimas de violência”, comentou, destacando a necessidade de acompanhamento psicológico contínuo.

Os candidatos também abordaram as filas na rede pública de saúde. Segundo Melo, elas seriam um problema nacional, com sua administração buscando inovar com telemedicina e mutirões. “Estamos trabalhando para aumentar a oferta de exames e consultas. Mas a situação se agravou com a pandemia e o envelhecimento da população”.

Já Rosário criticou a atual administração, sugerindo que a troca de governo é necessária para melhorar a saúde. “Precisamos articular a atenção básica e a especializada de forma mais eficiente”.

Mobilidade urbana

As críticas de Rosário também chegou à mobilidade urbana, com citação sobre o fim da passagem escolar e o aumento da idade para o passe livre de idosos. “A gestão Melo nos colocou para trás”, comentou, reclamando também da superlotação nos ônibus. Ela defendeu uma gestão que priorize a qualidade do transporte público, com fiscalização rigorosa sobre o uso da tarifa.

Melo, por sua vez, justificou a privatização da Carris, operadora de transporte coletivo de Porto Alegre, e a redução do número de cobradores como necessárias para equilibrar as finanças da empresa. “Estamos renovando a frota com ônibus elétricos e aumentando as linhas”, disse, reconhecendo que o transporte coletivo enfrenta desafios, especialmente em horários de pico.

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