Dez dias após a pane do avião presidencial, a Força Aérea Brasileira (FAB) não tem prazo para acabar a investigação sobre o caso.
Em 1º de outubro, o avião que trazia o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e demais membros da comitiva presidencial do México de volta ao Brasil enfrentou problemas técnicos logo após decolar da capital do país.
A aeronave modelo Airbus A319CJ precisou sobrevoar a Cidade do México por quase cinco horas para consumir combustível e, assim, pousar com menos peso – e mais segurança – no aeroporto de onde havia partido.
Buscando fatores
Procurada pela CNN, a FAB informou que uma equipe de investigadores do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) “esteve no México para extração e análise dos dados do voo em questão”.
“A investigação da ocorrência aeronáutica segue em andamento, e não há prazo para conclusão, pois depende da complexidade de cada ocorrência e, ainda, da necessidade de descobrir os possíveis fatores contribuintes”, acrescentou.
A reportagem também questionou a Aeronáutica se o motor da aeronave terá de ser trocado, o que foi reparado e o que falta, mas não obteve retorno sobre esses pontos específicos.
Novas aeronaves
De acordo com o presidente Lula nesta sexta-feira (11), o avião apresentou um barulho fora do comum ainda na pista do aeroporto no México.
“O avião estava com um ronco diferente e trepidava muito”, contou Lula, em entrevista à rádio O Povo/CBN.
Ele voltou a defender a compra de novas aeronaves para o deslocamento do próprio presidente e de ministros de Estado.
O comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro do ar Marcelo Damasceno também defende a troca do avião presidencial. O militar afirma ser preciso ter uma aeronave com maior autonomia de voo e mais espaço.