A doação dos partidos foi o principal recurso de todos os 11 prefeitos eleitos nas capitais brasileiras no último domingo (6).
No Rio, Eduardo Paes, teve apenas uma e a maior doação única do ranking: R$ 21 milhões da direção nacional de seu partido, o PSD.
Em Salvador, Bruno Reis, teve apenas duas doações: a maior, de R$ 20,1 milhões, foi de seu partido, o União Brasil. E outra, menor, de R$ 1 milhão do PDT, partido de sua vice, Ana Paula Matos.
No Recife, João Campos, recebeu apenas duas doações, ambas de seu partido, o PSB. Foram R$ 9,3 milhões da direção nacional e R$ 296 mil da direção municipal.
Veja as doações dos partidos para os candidatos:
- Eduardo Paes (PSD), Rio de Janeiro: R$ 21,3 milhões da direção nacional do PSD
- Bruno Reis (União), Salvador: R$ 20,1 milhões da direção nacional do União Brasil/R$ 1 milhão da direção nacional do PDT
- João Campos (PSB), Recife: R$ 9,3 milhões da direção nacional do PSB/R$ 296 mil da direção municipal do PSB
- JHC (PL), Maceió: R$ 6,2 milhões da direção nacional do PL/R$ 900 mil da direção nacional do Podemos
- Eduardo Braide (PSD), São Luís: R$ 4 milhões da direção nacional do PSD
- Topázio (PSD), Florianópolis: R$ 3 milhões da direção nacional do PSD/R$ 1,8 milhões da direção nacional do PL
- Silvio Mendes (União), Teresina: R$ 2,9 milhões da direção nacional do União Brasil/R$ 6 mil da direção municipal do União Brasil
- Lorenzo Pazolini (Republicanos), Vitória: R$ 2,4 milhões da direção nacional do Republicanos/R$ 1,5 milhão da direção nacional do PP
- Arthur Henrique (MDB), Boa Vista: R$ 2 milhões da direção nacional do MDB
- Dr. Furlan (MDB), Macapá: R$ 1,3 milhão da direção nacional do MDB/R$ 79 mil da direção nacional do Podemos
- Tião Bocalon (PL), Rio Branco: R$ 320 mil da direção estadual do PL/R$ 183 mil da direção nacional do PP
De onde vem o dinheiro dos partidos?
Os recursos para os partidos vem dos fundos partidário e eleitoral.
Em 2024, foi destinado pelo Congresso para o fundo partidário R$ 4,9 bilhões.
Para receber mais dinheiro, os partidos precisam cumprir outras determinações.
É destinada uma cota de 35% para as siglas que tenham pelo menos um deputado na Câmara, proporcionalmente ao percentual de votos obtidos na última eleição geral, que aconteceu em 2022.
Já mais 48% são divididos entre as siglas na proporção do número de representantes na Câmara.
Outros 15% são divididos entre os partidos na proporção do número de representantes no Senado.
Confira como foi a divisão?
- PL: R$ 886,8 milhões — 17,87% do total
- PT: R$ 619,8 milhões — 12,49% do total
- União Brasil: R$ 536,5 milhões — 10,81% do total
- PSD: R$ 420,9 milhões — 8,48% do total
- PP: R$ 417,2 milhões — 8,41% do total
- MDB: R$ 404,6 milhões — 8,15% do total
- Republicanos: R$ 343,9 milhões — 6,93% do total
- Podemos: R$ 236,6 milhões — 4,77% do total
- PDT: R$ 173,9 milhões — 3,51% do total
- PSDB: R$ 147,9 milhões — 2,98% do total
- PSB: R$ 147,6 milhões — 2,98% do total
- PSOL: R$ 126,8 milhões — 2,56% do total
- Solidariedade: R$ 88,5 milhões — 1,79% do total
- Avante: R$ 72,5 milhões — 1,46% do total
- PRD: R$ 71,8 milhões — 1,45% do total
- Cidadania: R$ 60,2 milhões — 1,21% do total
- PCdoB: R$ 55,9 milhões — 1,13% do total
- PV: R$ 45,2 milhões — 0,91% do total
- Novo: R$ 37,1 milhões — 0,75% do total
- Rede: R$ 35,9 milhões — 0,72% do total
- Agir: R$ 3,4 milhões — 0,07% do total
- DC: R$ 3,4 milhões — 0,07% do total
- Mobiliza: R$ 3,4 milhões — 0,07% do total
- PCB: R$ 3,4 milhões — 0,07% do total
- PCO: R$ 3,4 milhões — 0,07% do total
- PMB: R$ 3,4 milhões — 0,07% do total
- PRTB: R$ 3,4 milhões — 0,07% do total
- PSTU: R$ 3,4 milhões — 0,07% do total
- UP: R$ 3,4 milhões — 0,07% do total
40% dos eleitores não se identificam nem com direita nem com esquerda