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Eleições na Venezuela: Relembre como foram as últimas votações para presidente

Os venezuelanos vão às urnas para a eleição presidencial em 28 de julho. Segundo as pesquisas, os favoritos são o candidato majoritário da oposição, Edmundo González Urrutia, e o presidente Nicolás Maduro.

É a terceira vez que a oposição tenta derrotar Maduro: em 2013 e 2018, os opositores perderam as eleições.

Relembre abaixo as últimas eleições presidenciais na Venezuela.

2012: última vitória de Hugo Chávez

Em outubro de 2012, Hugo Chávez conseguiu a sua quarta reeleição, derrotando o ex-governador do estado de Miranda, Henrique Capriles, que venceu as primárias da aliança Mesa da Unidade Democrática em fevereiro daquele ano.

Com 55,07% dos votos, Chávez venceu Capriles, com diferença de pouco mais de 10%. Foi a vitória mais próxima que obteve nas eleições presidenciais.

Capriles teve 44,3% dos votos neste pleito, e teria nova oportunidade de disputar a Presidência apenas seis meses depois, após a morte de Chávez.

2013: última eleição presidencial com oposição unificada

Em abril de 2013, durante as eleições para eleger o sucessor do falecido Hugo Chávez, com Nicolás Maduro como candidato, a oposição esteve mais perto do que nunca de obter uma vitória depois dos governos Chávez.

No domingo, 14 de abril, a participação foi de 79,6%, a segunda maior em 30 anos, superada apenas em décimos pelas eleições de 2012.

Também participaram outros quatro candidatos, mas a eleição foi polarizada e nenhum deles alcançou os 20 mil votos.

O primeiro relatório de resultados da CNE indicava uma vantagem “irreversível” a favor de Maduro, com 99,12% da contagem completa. O resultado oficial foi de 50,61% a 49,12%, uma diferença de 223.599 votos.

Comparando as porcentagens de ambas as eleições presidenciais, em seis meses, Capriles reduziu a sua diferença com o partido no poder em pouco mais de 9%.

Capriles declarou aos seus seguidores que não reconheceria o resultado “até que todos os votos fossem contados”. No dia seguinte, eclodiram protestos em Caracas e outras cidades do país, deixando pelo menos sete mortos e dezenas de feridos.

Nos dias seguintes, o candidato exigiu uma auditoria com verificação de assinaturas e impressões digitais de todos os eleitores.

O processo nunca ocorreu nos termos propostos pelo candidato da oposição, mas consistiu numa auditoria aleatória de 46% das mesas de voto “que não foram auditadas”, acordada entre os dois candidatos, de acordo com a decisão do Conselho Nacional Eleitoral, organização controlada pelo chavismo.

2018: vitória de Maduro

Em 2018, Nicolás Maduro concorreu novamente para um segundo mandato consecutivo e venceu o pleito em uma eleição na qual a participação eleitoral caiu para 46%.

Henri Falcón é ex-governador do estado de Lara e um dos membros fundadores do Movimento Revolucionário Bolivariano 200 (MBR-200), do Movimento Quinta República (MVR) e do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), foi o principal adversário de Maduro.

Falcón, que já foi apoiador de Chávez, rompeu com o partido no poder em 2010 e se tornou, mais tarde, um crítico do governo. Naquela época, considerou que uma das soluções para a crise financeira da Venezuela era a dolarização do país, entre outras medidas.

A Mesa da Unidade Democrática (MUD), principal coligação da oposição, decidiu não participar no processo eleitoral, considerando que o governo venezuelano não ofereceu garantias de transparência e imparcialidade.

Além disso, houve acusações de líderes regionais de que o processo eleitoral na Venezuela não era legítimo.

Em janeiro de 2018, a plataforma ficou de fora do processo de legitimação partidária promovido pelo Conselho Nacional Eleitoral. Uma decisão do Supremo Tribunal de Justiça determinou que a MUD, como aliança de partidos políticos, infringia a proibição da dupla militância.

A oposição e muitos países da comunidade internacional não reconheceram a vitória a vitória.

Em 10 de janeiro de 2019, o presidente venezuelano iniciou mais seis anos no poder, mandato que terminará em 10 de janeiro de 2025.

*com informações de Anabella González e Gonzalo Zegarra, da CNN

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