O envelopamento automotivo tem ganhado cada vez mais destaque como solução para personalizar veículos ou protegê-los de danos superficiais. Além de oferecer uma alternativa à pintura tradicional, ele é amplamente utilizado por empresas para implementar nos veículos a comunicação visual das marcas nas suas frotas.
No entanto, o processo envolve escolhas técnicas que influenciam diretamente o resultado final, como o tipo de material utilizado, a preparação da superfície e o custo envolvido.
Outro aspecto importante é sobre a legislação de trânsito: caso o veículo não observe os parâmetros, o proprietário pode levar multa e ter o carro apreendido.
Tipos de envelopamento
A qualidade dos adesivos varia conforme a categoria, desde opções de entrada a materiais premium.
Segundo Bruno Camargo, diretor de uma empresa de acessórios e estética de carros em Belo Horizonte, as principais vantagens do serviço passam por proteção de pintura, mudança de cor e até recuperação de peças com defeitos leves.
Há ainda quem opte por suprimir as peças cromadas com adesivos.
“Os adesivos premium, como o vinil cast, têm maleabilidade superior, permitindo contornar superfícies complexas sem marcar o material. Já os modelos básicos atendem demandas mais simples, mas são menos flexíveis”, explica.
Ele acrescenta que adesivos de alta qualidade possuem cola à base de solvente, tramas flexíveis e oferecem durabilidade maior, além de atenderem a veículos de diferentes categorias, de populares a luxuosos.
Entre as novidades, destacam-se adesivos com acabamentos perolizados, metalizados e texturizados.
No caso de proteção, o Paint Protection Film (PPF) se destaca pela resistência a arranhões e impactos leves. “O PPF é regenerativo. Arranhões superficiais desaparecem com aquecimento acima de 60º C”, diz Camargo.
Custo e desafios na aplicação
O preço do envelopamento depende de fatores como o tamanho do veículo, o tipo de material escolhido e as características da carroceria.
Veículos com muitas curvas e superfícies irregulares, por exemplo, demandam maior habilidade técnica na aplicação.
“Em um hatch compacto, o custo pode variar de R$ 3.500 a R$ 15 mil, dependendo do material. No caso de adesivos PPF, que oferecem alta resistência, o custo pode chegar a R$ 20 mil para cobrir todo o veículo”, comenta o empresário.
Camargo ressalta também a importância de avaliar a qualidade da superfície antes da aplicação.
“Pinturas com amassados, riscos ou verniz danificado podem comprometer o resultado. No caso de repinturas, é essencial observar a espessura do verniz, pois isso impacta diretamente na adesão do adesivo”.
Legislação e obrigações do proprietário
Mudar a cor de um veículo requer atenção às normas do Conselho Nacional de Trânsito (Contran).
Alterações de cor, realizadas por pintura ou adesivamento, são regulamentadas pelo órgão quando afetam mais de 50% da área do veículo, excluindo superfícies envidraçadas.
Segundo a Polícia Militar Rodoviária de Minas Gerais (PMRv)
Caso um veículo seja identificado com envelopamento fora dos limites legais, o condutor pode ser autuado por conduzir veículo com características alteradas, segundo informa a Polícia Militar Rodoviária do estado de Minas Gerais à CNN.
A penalidade inclui a retenção do veículo até que a irregularidade seja corrigida. Há ainda multa de R$ 195,23 e cinco pontos na CNH.
Para evitar essa dor de cabeça, o proprietário precisa providenciar alteração no CRLV do veículo para “cor fantasia”. Isso requer solicitação junto ao órgão de trânsito, vistoria e emissão de novo documento.
Seguir as orientações e legislações para realizar o envelopamento de um veículo é essencial para evitar problemas em abordagens de rotina.
