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Gêmeas mortas no RS: mãe das vítimas tinha “conduta perversa“, dizem testemunhas

Responsável pela investigação das mortes das duas gêmeas de 6 anos que morreram em um intervalo de oito dias no Rio Grande do Sul, o delegado Ivanir Caliari afirmou que, segundo testemunhas, a mãe das meninas apresentava uma “conduta perversa”

Antônia e Manoela Pereira morreram na cidade de Igrejinha (RS). A polícia suspeita que elas tenham sido envenenadas. A mãe das meninas, Gisele Beatriz Dias, 42 anos, está presa.

Segundo o delegado, pessoas próximas à família disseram à polícia que Gisele só demonstrava afeto em relação ao filho mais velho, Michel Percival Pereira Júnior, morto em 2022, e se mostrava indiferente em relação às gêmeas.

Gisele e o marido –que não é tratado como suspeito– tiveram quatro filhos. Apenas uma, de 19 anos, está viva. Ela foi ouvida pela polícia. Segundo o delegado, ela “disse que não duvidava que ela [a mãe] fizesse algum mal às suas irmãs, tendo em vista sua conduta ao longo de sua convivência com ela”.

“Ela presenciou fatos diversos que levam ela a não duvidar que ela tenha feito algum mal para suas irmãs”, acrescentou.

Caliari destacou que as investigações trouxeram à tona um histórico de conflitos familiares. Segundo testemunhas, Gisele costumava reclamava que o marido sempre ficava do lado das filhas após desentendimentos. Após a morte de Manoela, ela teria se oposto à ideia de transferir a casa para Antônia –a irmã gêmea dela–, após o pai  ter manifestado essa intenção.

“Verificamos através do depoimento da filha que a mãe tinha por conduta colocar remédio na comida do pai, misturar remédio, para que ele dormisse sempre que ela tivesse com algum desagrado em relação a ele”, complementou o delegado.

Morte de gatos

Três meses antes das mortes das meninas, três gatos da família delas foram mortos sem uma causa aparente. A Polícia Civil investiga se há relação entre os casos.

“Os gatos apareceram mortos misteriosamente no interior da casa sem causa justificada, sendo que os gatos eram domésticos e não saíam para a rua”, disse o delegado. “Essa questão do envenenamento dos gatos coloca um ponto de interrogação se tal fato não ocorreu com o intuito de fazer um planejamento para uma posterior intoxicação das meninas”, disse Ivanir Caliari.

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