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Maduro pede conversa com Lula; telefonema deve ocorrer nesta quinta (1º)

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pediu ao governo brasileiro uma ligação com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A CNN apurou que o contato telefônico está previsto para ocorrer nesta quinta-feira (1º), ainda sem hora definida.

O pedido foi feito ao Palácio do Planalto pelo embaixador da Venezuela no Brasil, Manuel Vadell, disseram integrantes do Palácio do Planalto.

A informação do pedido de telefonema de Maduro para Lula foi antecipada pelo jornal “O Globo”.

Aliado histórico de Maduro, Lula ainda não reconheceu o resultado anunciado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) no domingo (28). O governo brasileiro tem exigido a divulgação das atas eleitorais.

Em entrevista à TV Centro América, Lula disse que irá reconhecer o resultado da eleição na Venezuela quando for consagrado que as atas eleitorais são verdadeiras. O presidente, porém, disse que está “convencido que é um processo normal, tranquilo.”

Como mostrou a CNN, o Brasil está negociando divulgar uma nota conjunta com Colômbia e México sobre o processo eleitoral na Venezuela.

Os países já se manifestaram individualmente pedindo transparência do resultado. Contudo, um posicionamento em grupo dos governos de esquerda aumentaria a pressão sobre o regime de Nicolás Maduro.

Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o colombiano Gustavo Petro e o mexicano André Manuel López Obrador são líderes que ainda mantém interlocução com o regime de Maduro.

O Centro Carter, organização pró-democracia fundada pelo ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter, divulgou uma nota na noite desta terça-feira (30) na qual afirma que as eleições na Venezuela não podem ser consideradas democráticas.

À CNN, fontes diplomáticas dizem que o posicionamento do Centro Carter está sendo considerado, mas o governo brasileiro evitou um alinhamento imediato.

Já Conselho permanente da Organização dos Estados Americanos rejeitou na noite desta quarta-feira (31) um projeto de resolução que ampliava a pressão sobre a Venezuela e Nicolás Maduro. Foram 17 votos a favor da resolução, 17 abstenções, nenhum contra e 5 delegações ausentes.

O Brasil foi um dos que se abstiveram, assim como países como Bolívia, Colômbia, Honduras, e diversos países caribenhos. O México, que tem posição parecida com a do Brasil, se ausentou. Do outro lado, votaram a favor da resolução países como Argentina, Uruguai, Paraguai, Chile, Estados Unidos e Canadá.

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