O ouro fechou em alta nesta segunda-feira (9) em recuperação às perdas na semana passada. O preço do metal precioso ganhou forças com a retomada das expectativas dos investidores pelos cortes de juros do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), mas foi limitado por perspectivas de demanda fraca da China.
O ouro para dezembro fechou em alta de 0,32%, a US$ 2.532,70 por onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).
Segundo o ANZ Research, a decisão de cortes de juros pelo Fed terá impacto nos valores da commodity, e o banco de ativos sugere uma visão otimista para o metal precioso, estabelecendo uma meta de preço de US$ 2.500,00 por onça-troy até o final de 2024.
“O mercado de ouro provavelmente seguirá o exemplo da mudança do Fed para cortes nas taxas, mas comentários mistos de autoridades do Fed podem injetar volatilidade no curto prazo”, explica.
A opinião é endossada pela Forex.com, que prevê o futuro do ouro “bem suportado”, se comparado com outros ativos de risco, já que é fortalecido também por uma demanda por refúgio seguro.
“O fato de os preços não terem cedido ganhos significativos sugere que o caminho de menor resistência ainda é para cima”, reforça ao pontuar uma visão também otimista para o ouro.
No entanto, segundo o TD Securities, ainda há sinais negativos para os preços do metal precioso no curto prazo. O banco de investimentos nota que os traders de Xangai estão vendendo suas posições em ouro de níveis recordes, “impulsionados por novas liquidações longas”, e após dados de inflação no país renovarem temores de deflação nos próximos meses, conforme apontou o ING.
Ainda, o Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) informou neste fim de semana que manteve a pausa nas compras de ouro pelo quarto mês consecutivo, o que também tende a limitar ganhos do metal precioso por perspectiva de desaceleração na demanda de bancos centrais.