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A linha de três defensores montadas por Abel Ferreira, marcada por boas exibições, teve um dia para esquecer. Foi nas suas falhas que o Botafogo aproveitou a criatividade de Savarino e Almada, com finalização de Luiz Henrique e Igor Jesus.
Agora, os cariocas jogarão pelo empate no jogo de volta dia 21, no Allianz Parque. Ante do jogo de volta, o Palmeiras recebe o São Paulo, pelo Brasileirão, no Allianz Parque, no domingo, às 16h. Mais tarde, às 18h30, o Botafogo também tem clássico, contra o Flamengo, no Engenhão.
O Botafogo dominou as primeiras ações, mas faltou precisão. Luiz Henrique mostrou que estava obstinado a ser um dos nomes do jogo O camisa 7 descaracterizou Murilo e amarrou as pernas do zagueiro com um drible. Finalizou para fora, rente a trave de Weverton.
O time carioca, porém, podia contar que teria mais chances, com uma boa articulação mediada por Almada e Savarino. Foi este último que achou Igor Jesus aberto pela esquerda para originar o lance do primeiro gol.
A linha de três zagueiros montada por Abel Ferreira virou uma defesa com quatro jogadores. Poderiam ser cinco, seis ou mais, mas, postados sem atenção às suas costas, exatamente onde Luiz Henque infiltrou, nenhum seria capaz de cortar a bola que encontrou a cabeça do camisa 7 e só morreu dentro do gol.
A reação do Palmeiras não foi avassaladora. A equipe não deu sinais de abalo anímico, mas manteve certa a cautela e até inação.
Os palmeirenses precisaram contar com ‘ajuda’ de John para empatar. Primeiro o goleiro quase sofreu um desarme dentro da área. Ele rifou a bola para um novo ataque do time paulista.
O mérito veio com passe de Rony para achar Maurício. Com a bola no pé e dentro da área, o reforço palmeirense chutou em cima do arqueiro, que aceitou o empate.
O gol do Palmeiras, contudo, não mudou o cenário. O Botafogo voltou ao ataque. Igor Jesus não precisou esperar o Natal para receber um presente em forma de passe de Luiz Henrique, nas costas de Vitor Reis. O camisa 99, cara a cara com Weverton, colocou os cariocas de novo na frente.
O jogo viu o ritmo diminuir no segundo tempo. Irritado, Abel buscou mudanças com as entradas de Felipe Anderson e Estêvão.
O garoto mudou a dinâmica do time, que conseguiu buscar mais o ataque. Entretanto, ele ainda volta de lesão e ainda não está com o mesmo poder de decisão que tinha antes da parada.
Pouco pareceu fazer sentido quando o treinador sacou Veiga para entrar Fabinho. O Palmeiras manteve mais a posse e conseguiu avançar em bloco, mas teve dificuldades em chegar na área botafoguense.
Em um lance atípico, Estêvão conseguiu invadir a área e foi derrubado. O árbitro Esteban Ostojich não marcou penalidade, em um lance que John Textor não poderá reclamar, mas cabe chiado por parte dos palmeirenses.
Próximo do fim, o Botafogo ainda conseguiu crescer, impondo um jogo mental contra o Palmeiras que parecia assustado com ao sentir que a derrota se confirmava. A disputa continua aberta, mas já é uma gangorra que pende para um lado, o alvinegro.
FICHA TÉCNICA
BOTAFOGO 2 x 1 PALMEIRAS
BOTAFOGO – John; Mateo Ponte, Bastos, Alexsander Barboza e Cuiabano (Marçal); Gregore, Marlon Freitas (Tchê Tchê) e Thiago Almada (Matheus Martins); Luiz Henrique (Allan), Savarino (Tiquinho Soares) e Igor Jesus. Técnico: Artur Jorge.
PALMEIRAS – Weverton; Vitor Reis, Gómez e Murilo; Giay, Aníbal Moreno, Raphael Veiga (Fabinho), Mauricio (Estêvão) e Vanderlan; Rony (Lázaro) e Flaco López (Felipe Anderson). Técnico: Abel Ferreira.
GOL – Luiz Henrique, aos 22, Maurício, aos 32, e Igor Jesus, aos 38 minutos do primeiro tempo.
CARTÕES AMARELOS – Fláco Lopez, Raphael Veiga, Abel Ferreira e Estêvão (Palmeiras). Igor Jesus, Cuiabano e Tiquinho Soares (Botafogo).
ÁRBITRO – Esteban Ostojich (URU)
PÚBLICO – 38.848 torcedores.
RENDA – R$ 1.775.401,25.
LOCAL – Estádio Nilton Santos, no Rio.