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População brasileira pode deixar de crescer em 2041, diz IBGE

Um levantamento divulgado nesta quinta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que a população brasileira pode parar de crescer até o ano de 2041. Segundo o estudo, nesta data o país chegará ao número de 220.425.299 habitantes. A partir de 2042, a tendência é de queda.

A projeção realizada pelo IBGE compara dados dos três censos demográficos mais recentes, realizados em 2000, 2010 e 2022, além de outros indicadores relacionados à natalidade e registro civil no país.

Ainda de acordo com o mesmo estudo, a população brasileira pode ser inferior a 200 milhões de habitantes a partir de 2070, quando, segundo a projeção, pode chagar a 199.228.708.

O levantamento mostra que os estados do Rio Grande do Sul e Alagoas devem ser os primeiros a apresentar redução populacional, já a partir de 2027. Em seguida, vem o Rio de Janeiro, que ter queda populacional de 2028 em diante.

Taxa de fecundidade

O IBGE aponta que, em 2000, as mulheres brasileiras tinham, em média, 2,32 filhos. Em 2010, atingimos a marca de 1,75 por mulher vivendo no país. Em 2023, a taxa de fecundidade voltou a cair, alcançando o número de 1,57 filho por mulher habitante do Brasil.

As projeções indicam que esse cenário pode se inverter a partir de 2050, quando o IBGE espera que a taxa de fecundidade terá um leve aumento, podendo a chegar em 1,47 em 2026 e, posteriormente, a 1,50 por mulher em 2070.

A gerente de Estudos e Análises Demográficas do IBGE, Izabel Marri, pontua que este indicador vem apresentando queda, no Brasil, desde os anos 60.

“Vários fatores contribuíram para isso, como a urbanização, a entrada das mulheres no mercado de trabalho e o aumento da escolaridade feminina, além da popularização da pílula anticoncepcional. Com isso, as taxas de fecundidade recuaram gradativamente de uma média de mais de seis filhos por mulher para os patamares atuais”, explica Izabel.

As regiões Norte e Centro-Oeste são as únicas que possuem taxa de fecundidade superior à média nacional atualmente, com 1,83 e 1,71 filhos por mulher, respectivamente.

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