A menos de um ano do Mundial de Clubes, projeto da Fifa para reformular a competição, o formato tem sofrido críticas de mandatários, clubes, jogadores e federações. Dessa vez, Javier Tebas, presidente da LaLiga, pediu para que a Fifa repense sobre a realização do torneio, dizendo que este “não é necessário” e não é de interesse das equipes e atletas. Durante o Segundo Fórum da União dos Clubes Europeus, realizado em Bruxelas, na Bélgica, Tebas discursou sobre o tema no painel. “Presidente da Fifa, você sabe que não vendeu os direitos de transmissão pelo orçamento que disse.
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Você sabe que não tem os patrocínios que havia orçado. Você sabe que as ligas e o sindicato dos jogadores não querem esse Mundial. Retirem esse Mundial agora (do calendário)”, afirmou. Tebas sugeriu que Gianni Infantino, presidente da Fifa, realoque os custos orçados para o Mundial em outras áreas e federações. Segundo ele, esse montante equivale a 1,5 bilhão de euros (R$ 9,2 bilhões). “Não é necessário para os jogadores, não é necessário para os clubes, não é necessário para a Fifa, que tudo o que faz é desorganizar.”
“Retire o Mundial e vamos sentar para negociar. Diálogo e negociação são diferentes, a negociação termina com o acordo e o diálogo termina com nada, estamos dialogando com a Fifa há anos. Tenho certeza que chegaremos a um acordo”, afirmou Tebas. “Os propósitos que tem para o mundo do futebol nós também temos, mas eles não podem ser resolvidos com um Mundial.”
Com 32 clubes, o Mundial de Clubes, programado para ocorrer nos Estados Unidos, em 2025, ao final da temporada europeia, será a maior competição entre clubes organizada pela Fifa. Até então, a edição de 2000 do Mundial de Clubes, no Brasil, havia sido o maior, com oito representantes, separados em dois grupos e, com o Corinthians, campeão na ocasião, tendo disputado quatro jogos até levantar o troféu.
Das 32 equipes, 30 vagas já estão definidas. Restam o representante dos Estados Unidos, por ser o país-sede, e o campeão da Libertadores deste ano. Dos brasileiros, Palmeiras, Flamengo e Fluminense, por se sagrarem campeões continentais em 2021, 2022 e 2023, respectivamente, já estão garantidos. Atlético-MG e Botafogo, semifinalistas na atual edição, ainda podem se juntar ao grupo, caso um deles fature o título deste ano.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Matheus Lopes