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Quais carros vão ser banidos do Uber? Veja novas regras para categorias Comfort e Black

A Uber anunciou uma série de mudanças para 2025, que vão impactar principalmente os veículos enquadrados nas categorias Black e Comfort.

Segundo a companhia, as decisões foram tomadas para melhorar a experiencia dos passageiros, que por sua vez foram ouvidos pela própria via pesquisas.

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Categorias da Uber

É bom lembrar que a Uber é divida nas seguintes categorias:

  • Uber X – Opção mais utilizada e com preço acessível;
  • Uber Comfort – Intermediária, mais confortável, porém mais cara;
  • Uber Black – Mais luxuosa, confortável e com preços menos populares;
  • Uber X VIP – Os usuários podem ter um veículo a própria disposição por mais tempo;
  •  Uber Bag – Para quem precisa de espaço no porta malas, disponível apenas em São Paulo e em Brasília.

Veja a seguir as mudanças, lembrando que só foram anunciadas até agora para as categorias Black e Comfort.

Categoria Comfort

As mudanças nesta categoria serão mais significativas. Em 2025, dois modelos bem conhecidos e populares deixarão de ser aceitos: Renault Sandero e Hyundai HB20 (excluindo X e S).

Modelos como Chevrolet Cobalt, Chevrolet Prisma, Renault Logan, Toyota Etios Sedan e Volkswagen Voyage vão depender do ano de fabricação estabelecido para cada município para continuar na categoria.

Categoria Black

Na Black, por sua vez, as principais mudanças ficarão por conta do ano de fabricação dos veículos. Com as novas regras, só serão aceitos nesta categoria carros com ano de fabricação em 2016 a 2018, a depender do município.

Atualização de carro no app

Os motoristas já habilitados para receber solicitações de viagens de Uber Comfort e Uber Black precisam apenas atualizar o veículo que vai receber as viagens no aplicativo da Uber (veja como neste link).

A lista completa de carros podem ser observadas no site da Uber (aqui) e passará a valer a partir de janeiro de 2025.

Impacto

As mudanças de exigência de modelos mais novos é uma estratégia da Uber que visa oferecer mais conforto para os passageiros. No entanto, por consequência, impacta a vida dos motoristas de app de duas formas, de acordo com a Gigo, fintech com foco em apoiar motoristas e entregadores de aplicativo por meio de ferramentas colaborativas.

  • A primeira é que não é fácil conseguir financiamento para compra de carro sendo motorista de aplicativo e a maioria não guarda reservas suficientes para trocar de carro.
  • A segunda é que, como esses novos automóveis possuem maior valor agregado, podem também incorrer em custos mais elevados de manutenção.

A Gigo ressalta que esse impacto financeiro será sentido, principalmente, pelos que dependem das categorias mais premium para garantir uma renda mais alta, além de criar uma pressão sobre os motoristas para buscar alternativas mais acessíveis.

Na opinião de Luiz Gustavo Neves, CEO e co-fundador da fintech, as novas exigências aumentam os desafios financeiros destes profissionais no Brasil.

“Eles precisarão se adaptar a novas regras ou enfrentar a diminuição da rentabilidade, o que afeta diretamente a vida daqueles que dependem desse trabalho para garantir o sustento de suas famílias.”

Uma pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra uma mudança no rendimento monetário desses profissionais ao longo dos anos: em 2015, o valor médio era de R$ 3.100, enquanto, em 2022, esse número caiu para R$ 2.400. Esse declínio de, aproximadamente, 23% no rendimento é um indício das dificuldades enfrentadas por essa classe de trabalhadores.

“Entendo a Uber querer atualizar a frota e dar mais conforto aos passageiros, mas fazer isso sem qualquer correção ao valor pago para os motoristas e ainda neste momento econômico é péssimo. No final, os passageiros ficarão bem atendidos, a Uber seguirá crescendo sua rentabilidade e quem paga essa conta toda são os motoristas. Muitos desconhecem as elevadas despesas operacionais que essas pessoas precisam arcar, como combustível, manutenção do veículo, seguros e taxas de plataformas, para citar alguns exemplos. Após deduzir esses custos, o dinheiro que realmente sobra é consideravelmente menor”, completa Neves.

*Estagiário sob supervisão

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