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Setor de e-commerce de SP sofre queda após 7 anos puxado pela crise da Americanas

O Setor de e-commerce de São Paulo encolheu pela primeira vez em sete anos, com queda de 1,6% entre 2022 e 2023, segundo a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). O montante movimentado foi de R$ 67 bilhões, ante R$ 68,1 bilhões no ano anterior.

Entre os motivos para o recuo do setor estão a desconfiança sobre o e-commerce causada pela crise das Lojas Americanas, um dos maiores marketplaces do Brasil na época, a inadimplência das famílias do estado e a taxa de juros elevada, de acordo com a Federação.

Em 2023, 32,7% da movimentação nacional do setor foi realizada em São Paulo, seguido por Minas Gerais, com 11,3%, e Rio de Janeiro, com 9,7%. A participação paulista representou R$ 33 a cada R$ 100 arrecadado pelo varejo eletrônico.

Desde 2021, as vendas do comércio eletrônico no estado de São Paulo estão acima da casa dos R$ 60 bilhões, sustentando o nível alcançado durante a pandemia, quando o varejo como um todo precisou se deslocar com mais força para o universo online.

Em âmbito nacional, o e-commerce atingiu o maior montante da sua história, cerca de R$ 205 bilhões. O montante representa uma expansão tímida de 0,2% em relação a 2022, no entanto, representa um valor quatro vezes maior, equivalente a R$ 53 bilhões em 2016.

O item mais vendido foi o smartphone em 2023, com volume de compras de R$ 10,8 bilhões no setor. Esse valor é quase o dobro da segunda mercadoria mais adquirida pela internet no ano, livros e impressos semelhantes, somando R$ 6,7 bilhões.

Na sequência, estão aparelhos de televisão, com R$ 5,6 bilhões, e geladeiras, com R$ 5,3 bilhões.

O levantamento da FecomercioSP ainda mostra que o estado é o maior mercado consumidor de produtos no setor, assim como é de onde sai a maior parte das vendas para outras unidades federativas, levando em conta apenas transações realizadas por empresas sediadas no Brasil e entre empresas e consumidores.

O levantamento usou como base em relatórios de transações de notas fiscais do Observatório do Comércio Eletrônico Nacional, ligado ao Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Serviços e Comércio (MDIC), que acompanha uma série histórica iniciada em 2016, além de informações do IBGE e em dados coletados pela própria FecomercioSP.

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