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Setores de educação, imobiliário e celulose podem ser afetados com alta dos juros, diz XP

O retorno das ações em alguns setores da bolsa pode ser prejudicado com um aumento dos juros, segundo análise da XP. Em seu relatório mensal, a corretora destaca que segmentos como Educação, Imobiliário e Papel e Celulose inclinam a ter um desempenho menor quando as apostas estão em alta da Selic.

Por outro lado, “durante os ciclos de alta de juros, certos setores tendem a superar significativamente o mercado. Esses setores incluem Bancos, Instituições Financeiras, Óleo, Gás e Petroquímicos, e Elétricas e Saneamento”, diz a XP.

Parte do mercado financeiro vê os juros — atualmente em 10,5% ao ano — subindo no próximo encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), agendado para os dias 17 e 18 deste mês.

O movimento ganhou força em meados de agosto, após falas seguidas de membros da cúpula do BC afirmando que o colegiado não hesitaria em subir os juros caso o cenário exija.

Em um clima de crescimento de apostas para alta já neste mês, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, afirmou, na sexta-feira (3), que um eventual ciclo de ajuste, se ocorrer, será gradual.

A XP enxerga de aumento de 1,5 ponto nos juros nos próximos meses, encerrando a Selic no patamar de 12% ao ano.

Neste cenário, setores de Bancos, Instituições Financeiras e Elétricas e Saneamento são os que tem desempenho acima da média, “em grande parte porque os investidores têm adotado estratégias mais defensivas e orientadas para dividendos em relação às ações brasileiras”.

Dessa forma, a XP orienta sua carteira recomendada de ações para setembro focada em alguns papéis, como do Itaú Unibanco, Banco do Brasil, Eletrobras e Equatorial.

Ainda, para os próximos 12 meses, a corretora estima o valor justo do Ibovespa, principal índice do mercado brasileiro, em 155 mil pontos, mantendo um posicionamento de cautela.

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*Sob supervisão de Gabriel Bosa

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