A sensação de que São Paulo está mais poluída não é apenas impressão. Em cerca de um mês, a capital paulista teve apenas quatro dias em que a qualidade do ar foi considerada “boa” pela plataforma suíça de monitoramento IQAir.
Entre 5 de agosto e a última terça-feira (3), o ar foi classificado em maioria como “moderado”, “insalubre para grupos vulneráveis” ou “insalubre”.
Agosto registrou uma média de concentração de poluentes de 54.11 µg/m3 (microgramas por metro cúbico) — mais que o dobro visto no ano passado (25.24 µg/m3), de acordo com a plataforma.
Neste domingo (8), o ar tem poluentes mais de 16 vezes acima do recomendando pela Organização Mundial da Saúde (OMS), classificado como “insalubre” pelos especialistas.
A previsão indica que a poluição na atmosfera na cidade não deve ficar nos limites adequados até o próximo sábado (14). A capital é a terceira mais poluída do Brasil, atrás de Porto Velho (RO) e Rio Branco (AC), onde a poluição está mais de 26 vezes acima do recomendado e é classificada como “muito insalubre”.
Entre as principais cidades do mundo, São Paulo está na terceira posição em pior nível de qualidade do ar. Em primeiro lugar está Riad, na Arábia Saudita, seguida por Kampala, na Uganda.
A piora da qualidade do ar para o mês pode estar relacionada ao corredor de fumaça dos incêndios florestais, que leva a nuvem de poluição das queimadas florestais a centenas de quilômetros de distância do foco das queimadas.
O estado de São Paulo está em alerta amarelo de baixa umidade do ar e de onda de calor para os próximos dias, conforme o Instituto Nacional de Metereologia (Inmet).