A Seleção Brasileira estreou no vôlei feminino nos Jogos Olímpicos de Paris 2024 com o pé direito. Após atropelar e vencer o Quênia por 3 sets a 0 na manhã desta segunda-feira (29), a central Thaísa se empolgou com o começo positivo na competição e inflamou o ânimo da torcida brasileira.
“Esse elenco me passa muito merecimento, elas merecem muito. Foram alguns anos batendo na trave, chegando muito bem, chegando às finais. Elas querem mais, então eu acho que esse grupo merece porque todas se dedicam muito”, iniciou a bicampeã olímpica em entrevista ao Sportv após a partida.
Ovacionada pelos brasileiros presentes em peso na Arena Paris Sul 1, em Paris, na França, a jogadora do Minas agradeceu o carinho da torcida e revelou expectativas para conquistar a sua terceira medalha em Jogos Olímpicos.
“O que mais me emociona é isso (reconhecimento). É um legado. São 24 anos de voleibol, dedicando a minha vida a isso, então receber esse reconhecimento e carinho não tem preço. Eu me arrepio inteira e vamos trabalhar. Emoção eu acho que a gente tem que ter, mas vamos deixar aqui de lado porque temos que trabalhar muito e acho que temos condição total de trazer essa medalha para casa”, destacou Thaísa.
O retorno da bicampeã aos Jogos Olímpicos
Aos 37 anos, Thaísa está na quarta Olimpíada e inicia, ao lado da nova geração da Seleção feminina, a busca pela terceira medalha de ouro. A central esteve presente no bicampeonato olímpico em Pequim 2008 e Londres 2012, entretanto ficou de fora dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.
Em 2017, ela teve uma grave lesão de ruptura do ligamento lateral e de parte do menisco enquanto era jogadora do Eczacibasi Vitra, da Turquia. Desde então, Thaísa sofreu com várias lesões que a fizeram desistir da Seleção Brasileira na época.
De volta ao grupo comandado por José Roberto Guimarães, a central relembrou o momento difícil vivido em sua carreira e celebrou a oportunidade de competir mais uma vez no maior evento esportivo do mundo.
“Estou acima de tudo honrada. Eu vim no ônibus da Vila para cá agradecendo muito a Deus pela oportunidade de estar aqui de novo. Eu quero dar o meu melhor, é só nisso que eu penso o tempo todo, ajudar o grupo da melhor forma possível. É honra, é amor. Eu sou muito grata a Deus, por tudo o que passei e consegui estar aqui de novo”.
“Vamos buscar jogo a jogo, passo a passo, com o pézinho no chão. É um tiro muito curto, são só seis jogos, então a gente tem que ter o pé no chão jogo a jogo. Vai ser duro? Vai. Mas, a gente tem chance”, finalizou.
Próximo desafio
O Brasil volta a quadra na próxima quinta-feira (1º), às 8h (de Brasília). A equipe enfrenta o Japão.
O confronto é uma chance de revanche para o Brasil. As japonesas venceram as brasileiras na disputa de terceiro lugar da Liga das Nações de Vôlei (VNL), no mês passado.
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